quinta-feira, 4 de março de 2010

EurekaClick.com

Visite o novo portal dos exportadores latinos:

www.eurekaclick.com

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Globalização, um paralelo com a década de 70

“O futuro pertence àqueles que vêem as possibilidades antes que estas se tornem óbvias e efetivamente reúnam recursos e energias para conquistá-las ou evitá-las”, Levitt*.

A Coréia Sul na década de 70 tinha índices socioeconômicos piores que os do Brasil. Na primeira metade daquela década os tupiniquins cresciam a dígitos duplos e grandes impérios como Grupo Gerdau e Votanrantim estavam surgindo no mercado. O boom brasileiro colocou o país no mapa econômico, posicionando-nos como Top 10 mundial em termos de PIB.
Na mesma época, Coréia do Sul era um país insignificante, sem grandes perspectivas, visto que, o Japão exercia um grande Imperialismo na região. Porém, nesse momento Coréia usou como ninguém a frase de Levitt. Investiu pesado em educação de base. Hoje a economia Coreana é sem dúvida uma das mais fortes do mundo.
Mas a pergunta: onde eles usaram a frase do Levitt? Todos sabem que investir em educação é premissa básica para o desenvolvimento.
Resposta: A Coréia decidiu investir forte em educação na década de 60. Para tanto, fez análises de gastos e organizou-se para colocar dinheiro em uma área e tirar de outra. Nesse momento o mundo não tinha nenhuma complexidade - se comparado à situação atual. As empresas não precisavam crescer, pois não havia competitividade. A pressão para melhorar a produtividade e inovação era praticamente nula. Portanto, os asiáticos não precisavam de muitas pessoas capacitadas em tecnologia ou qualquer outra área. Como a Coréia do Sul era um país fraco economicamente, não sobrava dinheiro, ou seja, os fundos colocados na educação com certeza fizeram falta em outras áreas. Esse fato tornou a ação da Coréia ainda mais arrojada. As pesquisas demonstrando a importância da educação só começariam a surgir na década de 80, 20 anos mais tarde da Coréia perceber a importância de tal fato. Nesse mesmo período estaria surgindo o termo globalização, uma nova realidade nos países do Norte.
Agora fazendo um paralelo com os Coreanos. A ALCA, a EU e a Nafta estão aí. Os acordos de Livre-comércio já pediram licença e vão passar com ou sem consentimento. Será que queremos ser a Coréia do Sul dos anos 70 ou o Brasil, o eterno país do futuro?


* Theodere Levitt, Livro: The Marketing Imagination

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Solução? Aumentar os gastos

Estou cansado de ouvir que para melhorar educação é preciso investir mais, que para termos segurança falta dinheiro, para os deputados poderem trabalhar falta assessores, etc. Aliás, falta tudo, mas principalmente fundos para investir.
É um erro a mania do povo e do setor público brasileiro de dizer que para melhorar é preciso mais dinheiro. Quando cursei as cadeiras econômicas na faculdade aprendi algo básico: gaste menos do que arrecade e lembre-se: dinheiro gera dinheiro. Essa fórmula construiu impérios no século passado, porém, hoje é premissa básica. Mesmo assim os brasileiros ainda não aprenderam.
Se você perguntar para um doutor, de qualquer área - exceto ciências econômicas, qual solução para a educação brasileira, ele irá falar que falta investimento. Posteriormente argumentará sobre o “erro que é pagar os exorbitantes juros da dívida”. Em outras palavras estará dizendo que pagar as dívidas e cumprir contratos é um absurdo. Bom, sobre isso me recuso argumentar.
Agora a verdade: não há dinheiro. Sendo assim, gastar mais irá contra a regra mais básica da economia. Além de que, endividar mais o estado seria um erro, visto que os nossos gastos governamentais são ineficazes.
Nesse caso a solução é bem simples, temos que usar melhor o dinheiro que já temos. Realizar uma ampla reforma dos gastos no Executivo, Legislativo e Judiciário a fim de buscar um plano claro e com metas para queimar a grande quantidade de “gordura do estado”. Essa solução começou a acontecer em estados como Minas Gerais. Após o início da Lei de Responsabilidade Fiscal, os estados “descobriram” que não tinham dinheiro nem para pagar o 13º. Aécio Neves realizou o óbvio, fez uma reforma nos gastos.
Caso aconteça isso irá sobrar dinheiro, nossa dívida interna tenderá ao total controle. Como dinheiro gera dinheiro passaremos a fazer investimentos com taxa de returno e não a fundos perdidos, como acontece hoje. É preciso mensurar o que 1 real investido em segurança traz de retorno para o Brasil, através de análises como essas poderemos fazer investimentos mais coesos com as necessidades do povo. Tenho certeza que investimentos em educação trazem mais retorno do que os salários do judiciário, por exemplo, porém os gastos com o segundo são quase o dobro do que com o primeiro.
Para finalizar, nós do setor privado sabemos que se toda vez que formos exigidos em termos de resultado pedirmos mais verba e nem ao menos mensurararmos o retorno desse dinheiro para a empresa estaremos em maus lençóis. Por que não tratar o setor público com tal profissionalismo?

Desejo aqui expressar meu estado de luto em nomes todas vítimas de mais um acidente aéreo no Brasil.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

"World Bank, capitalistas inescrupulosos"

Bom, imagino que essa tenha sido a frase do governo, após o Banco Mundial divulgar uma pesquisa sobre corrupção.
Quero deixar claro que quando falo em governo incluo todos incompetentes que antecederam o sindicalista atual.
Nossos índices foram medianos, é bom dizer que isso não é mais uma obra do governo Lula, sempre estamos nesse patamar médio. Atrás de nós só os africanos e países em guerra civil. Tanto que, somos os piores da América Latina no quesito corrupção.
Como também sou um capitalista vou criticar o governo agora. Não tenho nenhuma intenção de ajudar; confirmando a idéia do Lula que quem crítica está torcendo contra.
A pergunta: somos corruptos por quê? Dois motivos.
Nossos três poderes não se regulam, o supremo tribunal é composto na sua maioria por pessoas incapazes, corruptas e, principalmente, com interesses partidários. Legislativo está num patamar acima, é movido por corrupção e objetivos partidários. O executivo dispensa comentários. Sendo assim, é óbvio que ninguém regula ninguém.
Último motivo: excesso de burocracia. Esse ponto merece atenção especial, tem muita gente trabalhando em muitos projetos pra pouco ou nenhum resultado. O que ocasiona, além de lentidão, um excesso de incompetentes colocando as mãos no mesmo projeto. Alguém consegue relacionar isso com corrupção?
E ainda tem gente que diz que o governo Lula está combatendo essa área como nenhum outro. Não vejo diferença da situação atual pra outrora. Afinal, em relação aos dois pontos crucias não há nenhum movimento.
Mas o povo brasileiro é otimista. Achamos que a polícia federal, combatendo um caso ou outro (quando os funcionários não estão a fim de brincar de paciência no computador) vai resolver muita coisa. Não precisa ser guru pra saber que daqui a 20 anos continuaremos tendo um escândalo novo a cada semana. Caso não haja: uma reforma nos gastos do governo, uma máquina pública eficaz e, principalmente, a não “partidarização” dos Juízes do Supremo; faço uma aposta: não veremos avanço nenhum nessa área.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

USP, A melhor universidade do Brasil!

Quando estava no colegial pensava em fazer vestibular para algumas faculdades de São Paulo. Lembro-me que houve um levantamento que considerava a USP a única universidade brasileira entre as 200 melhores do mundo. Posição: 196º.
Hoje agradeço não ter escolhido a faculdade de administração da USP. Depois do vexame que foi invasão da reitoria, eu teria vergonha de dizer que estudo na “melhor universidade do Brasil”.
Bom, pra começar demorei pra entender os motivos da invasão. O que deu pra entender é que havia um movimente anarquista, ou seja, só poderia acabar dando em prejuízo pro povo, aliás, o único a sempre se dar mal.
Caso esses ignorantes não saibam, eles só tão lá porque o contribuinte permite. Portanto, devem explicar o motivo do cidadão estar pagando equipamentos, professores, servidores, etc, sem retorno nenhum, afinal, ninguém estava aprendendo.
Depois de finalmente entender suas razões, até concordo que eles tinham argumentos fortes, porém não estou aqui para tomar partido em relação a quem estava certo, e sim para relatar os fatos.
O caso foi parar na justiça. Nesse momento o circo atingiu seu ápice!! O poder judiciário decretou a desocupação da reitoria. Como no Brasil, a justiça não tem autoridade sob ninguém, os estudantes nem se preocuparam, afinal, estão acima dela, e o executivo? Bom, esse não executou nenhuma ordem, afinal, quem precisa de decisão judicial nesse país? Todos são civilizados, vamos resolver na conversa, como viria dizer nosso “excelente” governador de São Paulo.
Após jogar fora muito dinheiro. Os estudantes mais gabaritados do país deram uma mensagem clara: está sobrando dinheiro!! Ninguém precisa trabalhar ou aprender.
Para encerrar a mensagem dessa turma, eles pensaram: talvez seja melhor tentarmos pegar para o nosso lado os indecisos também!! Então, foi decidido roubar alguns laptops, pen drives, projetores, entre outros objetos. Assim, ficou provado, até para os indecisos que a “melhor universidade do Brasil” não acredita na justiça, não valoriza o povo brasileiro e considera o executivo incapaz de executar.
Esse texto é dedicado a todos diretórios acadêmicos que apoiaram os baderneiros da USP.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Educação brasileira??

Eu costumo ouvir que temos universidades de ponta, alguns citam nomes como Unicamp, as engenharias da USP, o famoso direito da UFRGS, ou a administração da UDESC. Alguns dos alunos que estudam nessas faculdades são com certeza estudantes do mais alto gabarito, pessoas que tem alto poder de contextualizar os fatos e achar soluções eficazes.
Porém, agora vou falar alguns dados para desmistificar a falsa realidade que vemos. Só em salários o judiciário gasta praticamente 7 vezes o valor destinado as universidades. O total destinado a educação tem um déficit de 8 bi em relação ao mesmo judiciário. Costumo dizer que as engenharias brasileiras não ensinam a formar pessoas com capacidade de contextualizar. Nossos engenheiros não sabem aproveitar oportunidades de mercado, pelo simples fato que não enxergam elas. Nossos melhores engenheiros são contratados por multinacionais. Os melhores engenheiros de Stanford criam multinacionais. Exemplos: HP, Microsft, Compaq, Yahoo entre várias outras que nasceram de ex-alunos de Stanford. Pra quem não sabe o Vale do Silício teria sua origem lá.
Pois é, estudo numas das melhores Faculdades do país, ESAG, 8 vezes conceito A. Uma das poucas faculdades públicas que não tem greve. Temos 3 laboratórios de informática para cerca de 1000 alunos em 3 turnos, aliás podemos dizer que os equipamentos são totalmente atualizados. Mesmo assim, tenho serenidade de saber que a minha escola é péssima se comparada com escolas européias e americanas, ou mesmo chilenas. Muitos dos professores saem 30 min antes de acabar a aula. Nossa biblioteca é atrasada, e o detalhe, não por falta de dinheiro, mas por excesso de burocracia e incompetência dos compradores de livros. Ficamos pouquíssimo tempo dentro da universidade. Agora, se uma das melhores do Brasil é fraca imagina o que sobra praquelas que não tiveram conceito A.
Para quem não sabe o mestrado no Brasil, não significa nada lá fora. Empresas de alto gabarito não contratam pessoas com doutorado só pelo titulo, pois hoje qualquer ignorante tem um doutorado (no Brasil).
Nossos alunos de direito fazem cursinho para poder advogar. Eles sabem que a faculdade não é boa o suficiente para ensinar-lhes a passar na OAB. E isso inclui as melhores faculdades de direito do Brasil.
Admitir nossa mediocridade é primeiro passo para melhorar-mos.